Janeiro é o mês oficial de definir as metas de ano novo! Você é daquele que se emociona com o período e monta uma grande lista ou prefere deixar os objetivos em aberto para ver onde tudo isso vai dar?
Independente do seu perfil, com certeza o clima de fim de ano e as possibilidades de recomeço te fizeram pensar, em algum momento, sobre o que gostaria de realizar. Às vezes a dificuldade é colocar essas metas no papel ou compartilhar com outras pessoas.
Para ajudar a refletir sobre o assunto, conversamos com as professoras Carol Shinoda e Marisa Bussacos e você pode conferir as principais dicas para este ano novo!
Não arquive as boas intenções na gaveta
O primeiro passo para realizar suas metas de ano novo é realmente colocá-las no papel. E isso pode não ser tão fácil quanto parece. Não basta apenas escrever aquilo que você quer para o próximo ano. É preciso pensar como viabilizar esses planos.
Para Carol, é importante colocarmos na lista aquilo que gostaríamos muito de ver realizado. “Às vezes definimos planos para mostrar para a sociedade, mas o mais importante é que aquilo seja uma verdade intrínseca. E isso ocorre quando conseguimos olhar para dentro e pensar ‘por que conseguir uma promoção ou me casar ou realizar uma viagem é tão importante para mim?’ Assim, as dificuldades não serão um peso tão grande”, explica.
As dificuldades e imprevistos são inevitáveis. Marisa complementa: “Se o objetivo não for genuinamente forte e claro dentro de nós, se não for suficientemente sólido, não temos forças, ânimo e vontade para superar essas dificuldades.”
Roda da Vida
A dica da Carol é o olhar integral, para a vida como um todo. “Uma ferramenta interessante para ajudar nesse processo é a roda da vida: um círculo com oito ou seis categorias, como família, saúde, lazer, espiritualidade, trabalho, hobby, cuidados com a casa, finanças e o que mais for importante”, comenta.
A ferramenta funciona quando você coloca um zero no meio do círculo e o número dez na borda, perto das categorias. Marque um X em cada nicho, na altura que corresponde ao nível de prioridade na sua vida, sendo zero baixa prioridade e dez alta prioridade. Ao terminar, ligue os pontos e obtenha um panorama do seu momento atual.
A partir daí, comece a reflexão sobre o que é realmente importante e foque nisso. Avalie como você está hoje em dia em cada aspecto e como gostaria de estar no próximo ano.
Vida, leva eu
Algumas pessoas podem estar passando por uma fase mais desanimada e têm dificuldades em relacionar as metas de ano novo. Contudo, os planos podem ajudar a melhorar o humor. “Nessas ocasiões em que as pessoas não se sentem incentivadas a pensar no futuro, é preciso encontrar motivos intrinsecamente relevantes”, comenta Carol.
Duas atividades são fundamentais, segundo as professoras, para quem está buscando esses motivos dentro de si:
- Criar tempo: O tempo passa constantemente e cabe a cada um de nós saber usá-lo a nosso favor para definir os rituais semanais de ligação com nós mesmos e com o que é realmente importante para nós.
- Autoconhecer-se: Essa conexão pode ocorrer de várias formas, em diversos momentos. Algumas pessoas conseguem na terapia, outras com reuniões familiares, outras com orações à noite ou escrevendo em diários ou em conversas com parceiros antes de dormir.
O autoconhecimento depende desses rituais, que devem ser frequentes para que, depois de meses ou anos, você não perceba que está seguindo por um caminho muito desconectado do que é importante para você. “Os ‘momentos de respiro’ são essenciais para acordamos o nosso querer. Com esse querer ativo, fica mais fácil criar a imagem do futuro desejado”, ressalta Marisa.
Quando se sentir desanimado, também vale levar a sério aquela ideia de que somos uma média das cinco pessoas com quem mais convivemos. “Devemos escolher bem o que assistir, o que ler, quais pessoas seguir e com quem queremos conviver. Traga para mais perto pessoas que acreditam e vão atrás de melhorar sempre”, desafia.
Todo mundo tem a opção de não fazer planos e simplesmente deixar a vida fluir, mas contar com isso é fugir da nossa própria responsabilidade. A parte imprescindível para concretizar objetivos depende de canalizar energia e esforços para o que queremos que aconteça. A ideia é que isso ocorra várias vezes ao ano, durante toda a vida.
Uma dose de coragem
O simples ato de listar os objetivos, mesmo que não os exponha para o mundo, coloca seus desejos e vontades para fora, assumindo o que realmente quer e ficando mais vulnerável. “Por exemplo, se você coloca como meta encontrar um namorado e não o encontra, você sabe que não está no caminho de sucesso que definiu para você. Você está fracassando”, ressalta Carol.
É aí que o autoconhecimento se torna um forte aliado para a realização das metas de ano novo, sendo fortalecido por uma boa rede de relacionamentos. Esses contatos nos ajudam a olhar para os planos e avaliar se eles fazem sentido. Também ajudam a ver se tem algum objetivo que estamos evitando, mas que precisamos dar atenção.
“Tentar encerrar o ano anterior de bem consigo mesmo para conseguir fazer um ano novo melhor também é válido. Colocar um ponto final em uma conversa incômoda, mudar hábitos, encerrar padrões e exercitar a gratidão pelo que foi conquistado ajuda a finalizar ciclos de forma estruturada, com honestidade com você e as pessoas ao seu redor”, explica Marisa.
Dê visibilidade às metas de ano novo
Algumas pessoas têm mais dificuldade em expor as metas de ano novo para todo mundo. E tudo bem. A dica da Marisa é colocar os sonhos e promessas em um lugar que você veja todos os dias: vale colar no espelho, em porta de armário e até na sua mesa no escritório.
Os elementos visuais ajudam nesse processo. Uma opção é desenhar ou fazer colagens do “eu brilhante” (nossa versão que corre atrás dos objetivos) efetivamente realizando o que é almejado.
E todo grande plano começa com pequenas ações. “Quais são os primeiros passos para atingir sua meta? Cuidado para não se desafiar além da medida e acabar paralisado, procrastinando. E lembre-se de começar agora, sem deixar para depois”, recomenda.
Quais metas de ano novo você já definiu? Comente!
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