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Atualidades

A Gestão de Riscos na transformação digital

  • Autor:Marina Petrocelli

  • Publicado em 21 Mar 2021

  • 5 minutos de leitura

Com o desenvolvimento da Indústria 4.0 e da Internet das Coisas Industrial (Industrial Internet of Things – IIOT), a transformação digital é uma tendência que veio evoluindo ao longo dos últimos anos, independentemente do cenário de distanciamento social que presenciamos no último ano e que consagrou a presença online como um grande diferencial no sucesso das marcas. 

Neste cenário, a Gestão de Riscos e sua relação com as novas tecnologias são temas de estudos e trabalhos produzidos há, pelo menos, cinco anos. Quem explica tudo isso é Roque Rabechini Junior, professor do curso Gestão de Riscos em Projetos, da Plataforma Solution.

“A dinâmica dessas tecnologias, incluindo aquelas de transformação digital, penso que estão ocorrendo ininterruptamente. Os estudos ocorrem por conta das incertezas que rondam as implementações”, comenta o professor.

Dimensões

Os efeitos da transformação digital, continua Rabechini, podem ser percebidos em várias dimensões: nas pessoas, no ambiente corporativo e nos setores empresariais. Isso porque ela envolve as incertezas.

Duas análises podem ser feitas a partir das incertezas nos projetos de transformação digital. Uma ligada aos impactos negativos dessas mudanças nas referidas dimensões, e outra relacionada aos impactos positivos.

Contudo, com a pandemia de Covid-19, todas essas dimensões e análises ainda não foram devidamente estudadas. “O que vemos são apenas tentativas de gestão que as organizações estão colocando em prática, sem ter tempo para planejá-las”, aponta o professor.

A Plataforma Solution tem algumas dicas para se preparar para crises com a Gestão de Riscos. Clique aqui para conferir.

Erros e acertos

Para analisar a Gestão de Riscos nesse cenário em que a transformação digital é iminente, Rabechini comenta sobre as organizações de ensino que, mesmo antes da pandemia, postergaram o ensino a distância. “Atualmente, elas enfrentam muitos problemas para se adaptarem a esse novo modelo de negócio.”

Mas isso não quer dizer que não existam oportunidades! Mesmo que esse preparo não tenha sido feito antes, quando ele se tornou emergencial, muitas instituições conseguiram se adaptar rapidamente ao novo modelo.

“Nunca foram utilizados tantos aplicativos de reuniões e sala de aula a distância. As empresas de TI (tecnologia da informação) produtoras de software para esse tipo de mercado também souberam aproveitar as oportunidades. E assim, as organizações de ensino conseguiram, de certa forma, acompanhar e se manter”, explica.

Riscos negativos

Toda transformação pode apresentar riscos negativos, e com a digital não seria diferente. Falando de empresas, Rabechini destaca riscos de impacto no caixa, devido à queda das vendas, por exemplo. Nas escolas, esse impacto é sentido nas matrículas.

Ainda utilizando o exemplo das instituições de ensino, o professor comenta também os riscos relacionados aos professores e à necessidade de adaptação às novas formas pedagógicas de ministrar aulas, em que a interação foi amplamente prejudicada.

“Também podemos avaliar da perspectiva dos alunos, que se limitaram a telas de celulares e computadores, com sua aprendizagem vinculada a isso”, diz.

Vale aplicar a Gestão de Riscos

Claramente, a Gestão de Riscos é uma disciplina que pode ajudar os profissionais e empreendedores a entenderem melhor a transformação digital, a partir das constantes análises e valoração das incertezas e impactos.

“As informações geradas pela Gestão de Riscos dão aos executivos um aprimoramento em seu processo de tomada de decisão. Mas ela não pode ser a única disciplina responsável pela geração de informações de qualidade para o processo de tomada de decisão. É preciso agregar outros conhecimentos como a prospecção e avaliação de tecnologias”, aconselha Rabechini.

Mais desafios por aí?

Como você percebeu, a transformação digital não começou agora e não vai parar por aqui. Mas o professor acredita que os desafios da Gestão de Riscos não mudam: “é preciso sempre desvendar as incertezas.”

Em projetos complexos, a Gestão de Riscos abre muitas possibilidades. Rabechini cita alguns exemplos. “Ficam mais evidentes os projetos de inovação tecnológica, projetos de avaliação de solos – cheios de incerteza nas áreas de geotecnia e hidrogeologia –, projetos no campo da aeronáutica e do setor espacial, projetos da indústria farmacêutica entre outros.”

Os projetos de transformação digital vêm para aumentar a necessidade de utilizar, aplicar e aprimorar e Gestão de Riscos. O que você acha sobre o assunto? Vamos conversar!

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