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Gestão de Projetos

Bored Out: o irmão menos famoso do Burnout que está drenando sua energia no trabalho

  • Juliana Goulart

    Autor:Juliana Goulart

  • Publicado em 18 Jun 2025

  • 4 minutos de leitura

Você já imaginou o que aconteceria se transformássemos seu trabalho em uma maratona de Netflix, mas só com os episódios mais chatos e repetitivos de uma série que você nem gosta? Pois é, bem-vindo ao “bored out” – o primo entediante do burnout.

Segundo dados da Gallup, apenas 15% dos trabalhadores no mundo estão realmente engajados em seus empregos. Isso significa que 85% da força de trabalho global está, em diferentes níveis, desconectada e potencialmente entediada. É como se 85 em cada 100 pessoas estivessem apenas fingindo trabalhar enquanto secretamente contam os minutos para ir embora – tipo aquela reunião que poderia ter sido um e-mail, mas se estendeu por duas horas. É como ter um vazamento lento no tanque de combustível da sua carreira – você não percebe imediatamente, mas um dia se pergunta por que está parado na estrada.

O bored out é tecnicamente definido como um estado de saúde mental caracterizado por tédio crônico, falta de estímulo e desmotivação no ambiente de trabalho. Imagine seu cérebro como um supercomputador sendo usado apenas para jogar paciência. Diferente do burnout, onde você está sobrecarregado de trabalho até explodir, no bored out você está subaproveitado até murchar. E os sintomas são reais: de acordo com pesquisadores da Universidade de Londres, o tédio prolongado aumenta em 40% as chances de morte prematura – sim, você leu corretamente.

A história de Mariana, gerente de projetos em uma multinacional, exemplifica perfeitamente este fenômeno. “Eu tinha um cargo impressionante no papel, mas na prática, passava 80% do meu tempo preenchendo relatórios que ninguém lia e participando de reuniões onde repetíamos as mesmas coisas toda semana”, conta ela. “Comecei a ter problemas de concentração, esquecia compromissos e sentia uma espécie de névoa mental constante. O médico disse que era estresse, mas na verdade era justamente o oposto – eu estava cognitivamente definhando por falta de desafios.” Um estudo do Instituto de Psicologia Aplicada da Alemanha confirma a experiência de Mariana: tarefas repetitivas e sem sentido reduzem a capacidade cerebral relacionada à resolução de problemas em até 30%. É como se o cérebro, por falta de uso, começasse a desligar certos cômodos para economizar energia.

E não pense que o bored out é apenas um problema individual – ele custa caro para as empresas. A Microsoft conduziu um estudo revelando que funcionários entediados custam cerca de US$ 1,8 trilhão anualmente para a economia global em perda de produtividade. A questão é que empresas estão gastando bilhões em demissões e novas contratações, quando na verdade o problema pode estar na falta de desafios significativos. É como trocar o pneu quando o problema está no combustível.

O que fazer então? Primeiramente, reconheça os sinais: procrastinação constante, sensação de que o tempo não passa, dificuldade de concentração, e aquela sensação estranha de estar mentalmente exausto mesmo sem fazer nada particularmente cansativo. Segundo especialistas em psicologia organizacional, buscar novos desafios dentro da própria função é o primeiro passo – seja propondo projetos, aprendendo novas habilidades ou encontrando formas de tornar seu trabalho atual mais interessante. É como transformar seu monótono passeio diário pelo mesmo parque em uma caçada ao tesouro – o caminho é o mesmo, mas a experiência é completamente diferente.

Se você é um líder, os dados são claros: funcionários que têm liberdade para usar suas habilidades em projetos desafiadores são 67% mais produtivos e 3 vezes mais criativos, segundo pesquisa da McKinsey. Criar um ambiente onde as pessoas possam experimentar, errar e crescer não é apenas “legal” – é economicamente vantajoso. Como disse o CEO da Netflix, Reed Hastings, “Para inovar, você precisa dar às pessoas autonomia.” E ele sabe do que está falando – a empresa que passou de entregadora de DVDs para gigante do streaming e produtora de conteúdo original.

Então, da próxima vez que você estiver encarando a tela do computador, contando os pixels para passar o tempo, lembre-se: você não está apenas entediado, você pode estar experimentando um fenômeno psicológico real com impactos significativos. E diferente daquela reunião de três horas sobre como melhorar a eficiência das reuniões (ironia detectada!), este é um problema que você pode e deve resolver. Porque, no final das contas, a vida é muito curta para ser gasta olhando para o relógio.

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