Treinar e desenvolver os seus colaboradores é essencial para a empresa que deseja se manter relevante – afinal, são eles os responsáveis por manter os processos em funcionamento e por proporcionar uma boa experiência aos clientes.
Em um cenário no qual as organizações têm cada vez mais consciência disso, surge o conceito de cultura de aprendizagem, que trataremos no artigo de hoje. Mas, antes disso, vamos discutir sobre as ideias que precedem essa metodologia.
Para saber mais, continue a leitura!
O que é treinamento, e o que é desenvolvimento
O treinamento e desenvolvimento tem por objetivo ajudar também na criação de estratégias de sucesso. E quando nós olhamos sua evolução, nós temos sempre a observação de falar de treinamento e desenvolvimento – mas, talvez esse seja o momento mais apropriado para separarmos um pouco os dois.
Porém, não os desassociar, já que eles estão interagindo de forma educacional e instrucional. Mas, vale fazermos um parêntese para falar sobre treinamento e desenvolvimento como estratégias que seguem em paralelo.
Enquanto o treinamento se refere a intervenções mais pontuais, de curto prazo, o desenvolvimento olha para o longo prazo, já que busca contribuir com o crescimento profissional de cada pessoa ao longo do tempo.
Então, o desenvolvimento de pessoas foca, no geral, nos cargos a serem ocupados futuramente. Nas demandas que vem sendo desenvolvidas para essa pessoa no seu futuro de carreira. Em como a organização se prepara para inovar, para se tornar ainda mais perene no futuro. Quais são as habilidades novas, as competências que serão requeridas para atuar dentro desse campo de negócio.
E o treinamento foca, então, no presente. Ele vai olhar para a posição atual, quais são as necessidades, quais são as oportunidades de desenvolvimento que esse profissional possa receber para então executar, ou realizar resultados com maior facilidade, com maior conforto, ajudando toda a equipe a levar o negócio para o sucesso.
Treinamento e desenvolvimento: o que você vai alcançar com cada um deles
Então, em treinamento, nós podemos identificar como vantagem, como atributos, as estratégias que vem para suprir necessidades pontuais atuais. Treinamento nos permite estar em compliance, ou estar em cumprimento com políticas, com os conhecimentos técnicos mínimos de cada função.
Nos permite lidar com sazonalidade, com o excesso de demanda, como é que eu faço gestão do tempo, como é que eu me adapto a novas situações. E ajuda também a melhorar a motivação e o bem-estar de cada profissional dentro da sua ocupação.
Enquanto isso, o desenvolvimento vai alinhar os treinamentos aos objetivos da organização, sempre nessa linha de futuro. Vai promover o amadurecimento do profissional, acompanhar essa jornada de tal forma que a empresa possa formar novos líderes de maneira robusta e ao mesmo tempo, muito engajadora.
E vai, certamente, atrair novos talentos, pois quanto mais satisfeita, quanto mais realizada está a pessoa, melhor ela fala da empresa, melhor ela tem o intuito de atrair outros colegas, outros profissionais competentes para a organização.
E, ao final, onde é que nós queremos chegar com treinamento e desenvolvimento? No fundo, o que nós queremos é uma empresa integrada com o tema de aprendizagem. É o que nos toca todos os dias, junto com os nossos stakeholders, internos e externos.
Os objetivos do treinamento e desenvolvimento
Os objetivos do treinamento e desenvolvimento começam na melhora da experiência dos clientes e consumidores.
Isso porque, ao final, o treinamento e desenvolvimento atua dentro da organização, para que essa organização esteja mais bem preparada para fora, para chegar e encantar quem de verdade faz o negócio acontecer, que é o seu público.
Com o treinamento e desenvolvimento melhora-se, automaticamente, a produtividade dentro da empresa, reduzindo retrabalho, pois quanto melhor preparados estão os times, menores são as necessidades de fazer de novo, ou começar de novo.
Capacita-se a equipe para o uso de novas ferramentas, de novas tecnologias, deixa-se toda a equipe preparada para otimizar o uso de todos os recursos disponíveis, e inclusive de demandar por novos. Naturalmente, tudo isso vai melhorar o clima organizacional.
Dessa forma, é possível extrair o máximo potencial e o melhor de cada pessoa, ter colaboradores que se sentirão valorizados e com o sentimento de pertencimento, aumentando o desejo de permanecer na organização.
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Por que surgiram as universidades corporativas
No treinamento e desenvolvimento, como em tudo na humanidade, existem evoluções. E agora vamos falar sobre a evolução do processo de treinamento tradicional, para a cultura de aprendizagem.
Nesse contexto, nós olhamos para a metodologia tradicional, onde tínhamos, normalmente, um conteúdo definido, um facilitador, um professor para a sala de aula, mesmo no ambiente corporativo, e as pessoas sentadas e escutando durante muito tempo aquilo que tinha para ser comunicado.
Com o passar do tempo, essas metodologias foram evoluindo, sendo dinamizadas, e o conteúdo deixa de ser o central, e a parte da educação, da preparação do colaborador é que ganha espaço, que ganha prioridade.
Ainda assim, os modelos continuam privilegiando a presença do facilitador, em detrimento ao uso de metodologias que olhem mais para o aluno.
E dentro desse contexto surge, por exemplo, a metodologia de associar a experiência da área da educação para a corporativa, dando origem, então, às universidades corporativas – que tiveram e têm um papel extremamente relevante no desenvolvimento de muitas empresas.
Várias corporações, através de processos que se utilizam de temas como competências, a combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes, modelam conteúdos que levam para dentro das suas universidades corporativas, de formas variadas e criativas.
Muitas universidades corporativas fazem a mesclagem entre o ensino com tecnologia remota e intervenções presenciais, mas ainda sim evoluem de acordo com os conteúdos que são essenciais para a empresa.
Dessa forma, todas as pessoas daquela empresa, ou de uma determinada área, recebem o mesmo conteúdo, no mesmo momento, na mesma velocidade.
Cultura de aprendizagem – uma evolução organizacional
A grande evolução que vem para o futuro – e que em algumas empresas já é presente – é a formação da cultura de aprendizagem. Onde o conteúdo, a empresa, deixam de ser o centro, e o centro passa a ser a pessoa.
Nesse cenário, cada pessoa tem as suas necessidades identificadas, de acordo com o que foi obtido na sua análise de conhecimentos, habilidades, atitudes, competências necessárias para aquela função, presente ou futura em sua carreira.
Aí sim acontece toda a “magia” de preparar essa pessoa com atividades de treinamento e desenvolvimento que direcionam a sua carreira, com as quais ela pode estudar com diferentes metodologias e tecnologias, mas sempre tendo o seu desenvolvimento como centro.
Então, a cultura da aprendizagem individual impacta muitíssimo na forma como as empresas se preparam, e preparam as suas equipes. Porque uma vez desenvolvida essa pessoa, desenvolve-se também o time e a organização.
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