Você já ouviu alguém dizendo “não tenho tempo para nada”? Pois é, eu também … E por incrível que pareça, também já vi vários colegas que têm suas obrigações profissionais e, além de serem excelentes pais (entenda-se aqui pai ou mãe), praticam esportes (mesmo que apenas no fim de semana) e ainda realizam atividades sociais e espirituais (frequentam missa, cultos, etc.).
Qual a diferença? Será que o dia destas pessoas mais ocupadas tem mais de 24 horas? Trabalham menos de 8 horas diariamente? Ou elas têm prioridades e visões diferente da vida curta que temos?
É comum, e muitas vezes mais cômodo, falarmos que estamos sem tempo. “Estou fazendo mil e uma coisas”, “meu dia precisa ter mais de 24 horas”. Quando analisamos cautelosamente, é verdade que as empresas têm exigido que seus profissionais sejam “multitarefas”, os filhos exigem (e merecem) a atenção dos pais. No entanto, mesmo nestas condições, o planejamento e as prioridades que elencamos ao longo de nossa vida faz toda a diferença entre você ser um bom profissional e você ser uma pessoa reconhecida na empresa, na família e na sociedade.
A dualidade entre Tempo x Prioridades não é rara e tampouco desconhecida para grande maioria da sociedade. O ponto é: por que não conseguimos deixar de priorizar a falta de tempo? Porque não deixamos de priorizar redes sociais em excesso, televisão e outros hábitos que consomem nosso tempo sem que percebamos?
Biologicamente conseguimos uma explicação. Segundo alguns pesquisadores, nosso cérebro prioriza a economia de energia através de hábitos e rotinas, ou seja, quanto menos você pensar mais energia irá economizar. Isto porque o cérebro consome 20% da nossa energia corporal, visto que diariamente cerca de 30 mil decisões são tomadas por uma pessoa.
Por esta ótica, seguir hábitos e rotinas pode ser coerente. Por outro lado, o cérebro não consegue distinguir o que é uma rotina ruim e o que são hábitos saudáveis, assim você pode optar por quais rotinas quer impor no teu dia a dia.
A decisão por qual caminho seguir e quais hábitos devemos adotar é muito pessoal e deve ser uma decisão baseada em princípios e propósitos, mas não por costumes que a sociedade nos apresenta e muita das vezes acabamos por seguir.
O que te deixa feliz? Qual o seu legado? Como você gostaria de ser reconhecido?
Seja autêntico e com personalidade. Uma boa dica é ter a cabeça, o corpo e mente saudáveis, assim você terá mais chances de se tornar um profissional bem sucedido, pois irá estudar, ler, trocar experiências para manter a cabeça ativa; ter uma mente mais sã com a prática da atitude e pensamento positivo; fazer o bem aos semelhantes e à natureza, ao conhecimento através de atividades com o yoga e espiritualidade; por fim, ter um corpo mais maduro com a pratica de atividades físicas, boa alimentação e bom sono.
Do lado das empresas não podemos esquecer que o principal patrimônio de uma organização, depois do nome/marca, são seus colaboradores, os quais são os responsáveis pela empresa. Assim, auxiliar os funcionários a entender seus propósitos de vida e, consequentemente, a conseguir planejar suas prioridades é fundamental para eliminarmos os dizeres comum como “não tenho tempo para nada”.
Por isso a importância de os gestores conhecerem de perto os seus colaboradores, para conseguir uma maior realização pessoal destes e, indiretamente, aumentar as prioridades deles.
Podemos ter bem mais do que apenas uma ótima vida profissional, podemos contribuir com ações em família, na comunidade e na sociedade como um todo, seja através da doação de nosso intelecto ou braço.
Glauber dos Santos é formado pela Esalq/USP e possui experiência no desenvolvimento e treinamento técnico em diferentes cadeias produtivas do agronegócio, além de atuar com gestão de projetos de viabilidade econômica.
Quais as atividades você realiza frequentemente, além dos afazeres profissional e doméstico? Compartilhe conosco.