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Negócios

Nova Economia e Inteligência Artificial: lições de Anderson Pellegrino sobre o futuro dos negócios 

  • Maria Larissa

    Autor:Maria Larissa

  • Publicado em 6 Ago 2025

  • 6 minutos de leitura

Entenda como a IA redefine a Nova Economia e quais habilidades serão essenciais, segundo o professor Anderson Pellegrino, referência no tema. 

Vivemos um momento histórico em que a tecnologia deixou de ser apenas uma ferramenta de eficiência para se tornar uma força transformadora da economia, dos negócios e das relações humanas. Essa transição dá origem ao que muitos especialistas chamam de Nova Economia: um ecossistema em que inovação, propósito e impacto caminham lado a lado. 

Para compreender os contornos dessa nova era, conversamos com Anderson Pellegrino, professor da Plataforma Solution, docente do MBA USP/Esalq, doutor em Desenvolvimento Econômico e sócio-diretor da LAP Comportamento Econômico. Com uma visão sistêmica e profunda, ele compartilha reflexões sobre o papel da Inteligência Artificial (IA) na Nova Economia e os caminhos que profissionais e empresas precisam trilhar para prosperar. 

O que é a Nova Economia? 

De forma ampla, a Nova Economia pode ser entendida como a transição de um modelo baseado exclusivamente na eficiência operacional e no crescimento financeiro para um paradigma mais integrado, digital e humano. Ela conecta inovação tecnológica, sustentabilidade e propósito, redefinindo o que significa ter sucesso nos negócios. 

“A Nova Economia é um movimento vivo. Ela surge da interseção entre tecnologia, consciência social e novas formas de criar valor.” — Anderson Pellegrino 

Os pilares da Nova Economia incluem: 

  • Transformação digital acelerada: uso intensivo de IA, big data, blockchain e outras tecnologias para redesenhar processos e modelos de negócio. 
  • Propósito como diferencial competitivo: empresas que buscam impacto positivo para clientes, colaboradores e sociedade, não apenas lucro. 
  • Valorização de experiências: foco em criar jornadas de consumo personalizadas, éticas e com significado. 
  • Economia colaborativa e de plataformas: novos modelos que trocam a lógica da posse pela lógica do acesso, integrando redes e comunidades. 

Pellegrino destaca que compreender a Nova Economia não é apenas estudar tecnologias emergentes, mas entender como elas interagem com fatores culturais, éticos e ambientais

“Mais do que aprender sobre ferramentas, precisamos aprender a pensar com consciência sobre o futuro que estamos construindo com elas.” 

A IA como amplificadora de inteligência, propósito e impacto 

Segundo Pellegrino, a IA não é um fim, mas um meio. Seu valor real está em amplificar a inteligência humana, potencializando decisões, experiências e resultados: 

“O uso estratégico da IA depende menos do que a tecnologia pode fazer e mais de como decidimos usá-la, integrando inteligência artificial com inteligência contextual, emocional e ética.” 

Para integrar a IA à Nova Economia, ele defende três posturas centrais: 

  • Visão sistêmica: enxergar como a IA transforma modelos de negócio e cadeias de valor, considerando impactos sociais e ambientais. 
  • Curadoria crítica: definir os limites entre automação e decisões que devem permanecer humanas. 
  • Alinhamento com propósito: usar a tecnologia de forma ética, em sintonia com agendas ESG e construção de valor sustentável. 

Como a IA influencia o comportamento do consumidor 

A IA personaliza experiências, ajusta preços, prevê preferências e redesenha jornadas de compra. Para o consumidor, isso pode significar conveniência e relevância. Mas há riscos: 

“Os limites entre persuasão e manipulação são tênues. Influenciar escolhas sempre carrega decisões morais e grande responsabilidade social.” 

Ele alerta que empresas precisam adotar ética e transparência no uso de dados e algoritmos para que o benefício seja real e não exploratório. 

O profissional da Nova Economia 

A Nova Economia exige profissionais híbridos, que conectem tecnologia, estratégia e propósito. Pellegrino aponta três perfis essenciais: 

  • Especialistas em IA para negócios: traduzindo dados em resultados com impacto social e ambiental positivo. 
  • Designers de Experiência: criando jornadas do consumidor com ética e significado. 
  • Líderes sistêmicos: que combinam inteligência emocional, visão estratégica e propósito claro. 

Estamos preparados para a era da IA? 

“Ainda não. A IA avança mais rápido do que nossa capacidade institucional, regulatória e social de compreendê-la.” 

No Brasil, ele aponta três desafios urgentes: 

  • Déficit de letramento digital: grande parte da população ainda não domina o básico do ambiente digital. 
  • Desigualdade no acesso: falta de infraestrutura e inclusão tecnológica. 
  • Risco de desemprego estrutural: funções sendo substituídas sem requalificação proporcional. 

A resposta? Educação e cidadania digital não apenas como medidas paliativas, mas como base para um futuro mais justo e inclusivo. 

IA nos bastidores: as decisões invisíveis 

A IA já molda decisões econômicas em áreas que a maioria das pessoas não percebe: 

  • Precificação dinâmica: preços ajustados em tempo real de acordo com perfis e contexto. 
  • Gestão de cadeias de suprimentos: otimização logística para reduzir custos e ampliar eficiência. 
  • Modelagem preditiva: simulação de cenários para decisões empresariais e políticas públicas. 

Muitas dessas decisões ocorrem sem mediação humana direta, mostrando o quanto a IA já governa processos invisíveis. 

Economia compartilhada: pessoas ou dados? 

Originalmente voltada a conectar pessoas e otimizar ativos, a economia compartilhada hoje é movida por dados e algoritmos. Plataformas utilizam IA para prever demandas, ajustar preços e orquestrar interações, o que amplia a eficiência, mas também levanta novas discussões sobre governança e privacidade. 

“Ainda entendo que são as pessoas as coautoras do valor gerado no ecossistema formado por uma plataforma.” 

Mais do que nunca, o desafio da Nova Economia não é apenas tecnológico é humano. O verdadeiro progresso não está na velocidade com que adotamos ferramentas, mas na profundidade com que entendemos seus impactos

“A direção e o sentido do trabalho continuam sendo essencialmente humanos.” — Anderson Pellegrino 

Para profissionais e empresas, a lição é clara: a IA pode ser um vetor poderoso de transformação, desde que usada com consciência, ética e propósito. 

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