Estudar é muito mais do que apenas assistir a uma aula ou ler um conteúdo de forma ‘mecânica’. É preciso ter concentração para aprender e poder aplicar o conhecimento ao seu dia a dia. O Solution separou cinco dicas da neurociência que vão melhorar seu desempenho nos estudos.
1 – Faça mapas mentais
Fazer registros no papel é uma ótima estratégia e essa regra vale para qualquer assunto, mas principalmente para os temas que você tem mais dificuldade. A associação de palavras orienta seu cérebro para o registro, o conceito fica gravado mais facilmente, reforça a professora Fátima Jinnyat, pesquisadora de neurociência com foco comportamental. Desenhar é ainda melhor. “Mapas mentais nada mais são do que a reprodução das informações que estão no cérebro organizadas no papel como mapas”, diz Fátima. O conceito foi bastante trabalhado por Tony Buzan, autor do livro “Mapas Mentais e Sua Elaboração”. Segundo Fátima, anotar ou fazer desenhos faz com que o cérebro dê prioridade ao que está sendo ouvido. Sem registro, seu cérebro vai deixar coisas escapar e ficam só as que fizerem mais sentido para você naquele momento ou com as quais você concorda.
2 – Tenha foco
Parece óbvio, mas não é raro encontrar quem estude “grudado” ao celular ou com a televisão ligada, por exemplo. “A maioria da sociedade diz que o cérebro pode fazer muita coisa ao mesmo tempo, mas atenção em 1º grau é uma só”, explica a professora. Ela cita que o cérebro dá, sim, prioridade a uma das tarefas e que, também por isso, temos a sensação de estarmos ficando mais esquecidos. “O que te tira a atenção deve ser deixado de lado. Não adianta estudar com o WhatsApp aberto no celular, mexendo nas redes sociais. Tudo o que vai tirar sua atenção, vai te prejudicar”, afirma Fátima.
3 – Fique no ‘modo pausa’
A retenção do estudo é muito mais positiva quando você está centrado, sem pressa de fazer outra coisa ou com medo, ansioso por uma futura prova ou algo relacionado. “Fique no modo pausa. É muito difícil, mas muitos conseguem e a retenção do estudo é muito mais positiva. Se você estuda com vontade de que aquilo acabe logo, pensando em outras coisas, o resultado não é bom. Um pouco de meditação antes, parar e respirar, se acalmar, são coisas importantes. As ideias fluem de maneira muito mais criativa”, informa Fátima.
A ansiedade e o medo também fazem com que haja liberação de cortisol (conhecido como hormônio do estresse), o que prejudica o aprendizado e pode provocar aqueles famosos “brancos” na hora de uma prova.
4 – Pense nas ‘recompensas’
O cérebro gosta de recompensas e quando você estuda focando nos benefícios futuros, os resultados são melhores. Pensar que você está abrindo mão de algo em prol do estudo é algo negativo. “É pensar positivo no sentido de que você está tendo uma renúncia imediata, mas terá uma recompensa lá na frente”, cita a professora.
É preciso aprender que a renúncia não é um sacrifício, toda escolha na vida implica em uma renúncia a outra, reforça a profissional. Aprenda, então, a focar no que é bom: sejam férias, carreira bacana ou mesmo reconhecimento no trabalho.
5 – Respeite-se
Estudar de manhã ou à noite pode ser bom ou ruim conforme seu relógio biológico. Respeitá-lo é importante para um melhor desempenho nos estudos. “Você se obrigar a estudar pela manhã sendo uma pessoa com hábitos noturnos não será a melhor opção”, diz Fátima. Outra recomendação da professora é definir o seu melhor método para estudar. “É preciso entender como você funciona e respeitar isso. Não há uma ‘receita de bolo’ para o sucesso”, diz. As dicas ajudam, mas também há tentativas e erros até acertar o que é mais produtivo para você, reforça a profissional.
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