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Nudging: empurrãozinho que transforma decisões

  • Juliana Goulart

    Autor:Juliana Goulart

  • Publicado em 14 Mai 2025

  • 5 minutos de leitura

Já se pegou comprando algo que não precisava só porque estava na altura dos olhos na prateleira do supermercado? Ou escolhendo a opção “padrão” em um formulário online simplesmente porque dava preguiça de mudar? Não se preocupe, você não está sozinho – e não, isso não significa que você seja preguiçoso (bom, talvez um pouquinho). O que aconteceu foi que você foi “nudgeado” – ou seja, recebeu um empurrãozinho sutil para tomar uma decisão específica.

O é Nudging, afinal?

Nudging é um conceito da economia comportamental popularizado por Richard Thaler (que ganhou um Nobel por isso, nada mal, hein?) e Cass Sunstein em seu livro “Nudge: O Empurrão para a Escolha Certa”. Em essência, é uma forma de influenciar o comportamento das pessoas sem restringir suas opções ou mudar significativamente seus incentivos econômicos.

Imagine o nudging como aquele amigo que não te obriga a ir à academia, mas estrategicamente deixa seu tênis de corrida à vista na porta de casa. Você ainda pode escolher não se exercitar (e assistir mais um episódio daquela série), mas a arquitetura da escolha foi gentilmente alterada para tornar a opção saudável mais atraente ou fácil.

Por que nosso cérebro cai nessa armadilha?

Ao contrário do que pensava o velho modelo econômico, nós humanos raramente somos criaturas 100% racionais. Como diria o psicólogo Daniel Kahneman, nosso cérebro tem dois sistemas: o Sistema 1 (rápido, intuitivo, automático) e o Sistema 2 (lento, deliberativo, esforçado). Adivinha qual usamos na maior parte do tempo? Pois é, economizamos energia mental usando o Sistema 1 para quase tudo.

É como aquela cena clássica: você abre a geladeira sem fome real, apenas por hábito. Seu cérebro está operando no piloto automático. O nudging trabalha exatamente com esse piloto automático, reconfigurando o ambiente para que nossas decisões impensadas acabem sendo melhores para nós mesmos.

Exemplos práticos de Nudging

No aeroporto de Amsterdã, a simples adição de um adesivo de mosca nos mictórios masculinos reduziu o “respingo” em 80%. Por quê? Porque homens aparentemente adoram mirar em algo.

Em cantinas escolares, posicionar frutas na altura dos olhos e doces em locais menos acessíveis aumentou o consumo de alimentos saudáveis em até 25%. Ninguém proibiu os chocolates – eles só ficaram um pouquinho mais difíceis de pegar.

E o meu exemplo favorito: escadas musicais em estações de metrô, que transformam os degraus em teclas de piano, fazendo com que mais pessoas optem por subir a escada em vez de usar a escada rolante. Quem não quer se sentir um pianista enquanto queima calorias?

Nudging nas políticas públicas e empresas

A beleza do nudging está em suas aplicações práticas. Na Dinamarca, o simples ato de mudar o padrão de doação de órgãos para “opt-out” (você é doador a menos que diga explicitamente que não quer ser) aumentou as taxas de doação para mais de 90%. Sem coerção, sem obrigar ninguém.

Empresas também podem usar nudges éticos. Aplicativos de fitness que mandam lembretes amigáveis ou mostram seu progresso visualmente. Bancos que oferecem opções de poupança automática que arredondam suas compras para cima e depositam a diferença em uma conta poupança. São pequenos empurrões para decisões financeiras mais saudáveis.

Claro, como todo poder, o nudging pode ser usado para o bem ou para o mal. A linha entre influenciar e manipular é tênue – por isso a importância de nudges éticos e transparentes. Se você está usando um nudge para beneficiar principalmente a pessoa sendo influenciada, provavelmente está no caminho certo.

Aprofunde-se na economia comportamental com a masterclass da Plataforma Solution

Se você ficou intrigado com esse poder de influenciar comportamentos sem coerção, saiba que há muito mais a aprender no universo da economia comportamental. E a melhor parte?

A Masterclass “Behavioral Economics” da Plataforma Solution foi desenhada para mostrar como esses princípios de nudging e outros conceitos da economia comportamental podem ser aplicados em estratégias de negócios, marketing e até mesmo em decisões pessoais. Afinal, quem não quer entender por que compramos o que compramos e decidimos o que decidimos?

Nesta masterclass, você vai além da teoria e mergulha em aplicações práticas, casos reais e ferramentas que pode implementar imediatamente na sua empresa ou carreira. É como ter Richard Thaler sussurrando estratégias no seu ouvido, mas sem precisar dividir o Nobel com ele.

Não deixe essa decisão para o seu “eu” do futuro (que provavelmente vai procrastinar). Dê um nudge em si mesmo e conheça agora a Masterclass “Behavioral Economics”. Seu cérebro – e quem sabe seu bolso – vão agradecer.

Afinal, entender como funciona a arquitetura de escolhas é o primeiro passo para construir melhores decisões.

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