A globalização do mercado já é uma realidade para muitas empresas. Nesse cenário, internacionalizar uma marca no mercado demonstra maior notoriedade no consumo externo, além de vantagens na corrida entre a concorrência interna.
Conforme observa José Manuel Baptista Meireles, professor coordenador da plataforma Solution, posicionar um negócio no comércio exterior requer maturidade de análise, pois, em meio a tabus do empresariado brasileiro, algumas atitudes colocam apenas o lucro e receio de falha em primeiro lugar, gerando caminhos para o insucesso.
“O que se passa hoje é que devemos encontrar solução para crescimento do país. É unânime que precisamos internacionalizar mais nossos negócios, a par que o Brasil já está presente com seus produtos no exterior, mas isso representa apenas 1% de todo comércio e no valor estão incluídos como maioria as commodities agrícolas”, conta.
Segurança
Meireles destaca que os preços competitivos, quantidades e escala de produtos e, sobretudo, a abertura para absorver o conhecimento no exterior podem facilitar uma imagem positiva da empresa dentro e fora do Brasil.
“Produtos em vitrines e lojas naturalmente terão um ganho superior porque sua imagem fica destacada internamente. É o exemplo de marcas que chegam às ruas de Miami e logo são facilmente reconhecidas pelo público. Logicamente, ao se estudar um meio de internacionalizar um negócio, procuramos mostrar de alguma forma logística sobre a segurança da parte financeira, respeito a cultura e, especialmente, formas que otimizem o desenvolvimento do negócio.”
Questão cultural
No entanto, ao internacionalizar um negócio o empresário expõe-se a questões regionais que podem trazer certas dificuldades de aceitação do público. “Vale lembrar que as empresas têm alguns problemas quando iniciam essa caminhada para o mercado exterior por conta de particularidades culturais ou costumes.”
Segundo o professor, até mesmo essas condições podem ser superadas conforme o empresário se familiariza com o local escolhido para se estabelecer e internacionalizar, além de colocar a seu favor uma boa consultoria de condução do negócio.
“Um curso de Comércio Internacional ajuda a mostrar como o trabalho no exterior não é tão diferente do mercado interno e, na maioria das vezes, é mais seguro e pode trazer desenvolvimento para a empresa”, explica.
Saber usar melhor os recursos e reconhecer o próprio potencial interno, uma vez que o país é visto de forma carismática, também é uma etapa no processo de destaque no estrangeiro. “O Brasil é um país majoritariamente de pequenas e médias empresas. São essas que merecem grande atenção afim de garantir o sucesso já que o empreendedor, por não conhecer sua competição de fora, tem receio de se lançar ao desafio de internacionalizar o negócio”, finaliza Meireles.
Saiba também por que internacionalizar a empresa é bom para o microempreendedor.